Voo de volta para casa
- Lisandra Menezes
- 20 de jun. de 2018
- 4 min de leitura
No dia 20/06, pela manhã, já estávamos com as malas prontas, quase estourando de tanta coisa; mas, ainda assim, conseguimos colocar tudo no carro, indo em direção ao aeroporto. Chegando lá, enquanto fiquei com as malas, Vinicius foi entregar o automóvel na locadora, que ficava em frente, no outro lado da rua. Como chegamos antes de o lugar abrir, deixamos o veículo no pátio em frente à locadora, colocando a chave em um cofre externo, junto a uma porta.
Após a entrega do carro, fomos para o check-in do aeroporto. Ali, descobrimos que teríamos que pagar excesso de bagagem: como iríamos pegar um voo interno de Queenstown para Auckland - comprado separadamente da passagem internacional - só teríamos direito a duas malas de 23kg cada um. Contudo, duas de nossas bagagens acabaram por ultrapassar este peso. Por isso, tivemos esta taxa extra NZD $ 120,00 para as duas malas antes da saída...
Enquanto esperávamos o nosso voo partir, um dia ensolarado se firmava naquela manhã. Fruto disso, uma linda paisagem de montanhas nevadas de Queenstown pôde ser vista através da sala envidraçada do salão de embarque. Uma boa maneira de se despedir.
Mais tarde, já no voo, pudemos conferir, durante boa parte do trajeto, as montanhas nevadas numa visão mais ampla, de cima. Além disso, vimos as grandes geleiras do Mount Cook, o qual não tivemos tempo de visitar.
Uma conexão em Auckland.
Chegamos ao aeroporto de Auckland ainda pela manhã. Nosso voo para o Brasil, entretanto, com escala em Buenos Aires, partiria somente às 20h daquela noite.
Fizemos o check-in para a conexão em máquinas de autoatendimento que imprimiam tudo, até os adesivos de localização das bagagens. E nós mesmo levamos as malas até as esteiras onde seriam pesadas e despachadas. Tudo bem rápido, fácil e sem filas. Desta vez, felizmente, não tivemos problemas com o peso das bagagens - para voos internacionais, podíamos ter duas malas por pessoa cada uma, com até 32kg.
Mais tarde, após despacharmos a bagagem, fomos para o salão de embarque, esperando para ver qual portão usaríamos para o embarque. Para passar o tempo por lá, ficamos assistindo a vídeos no YouTube e na Netflix, já que havia internet gratuita e ilimitada no aeroporto...
Às 20h, finalmente partimos de Auckland, embarcando em um voo turbulento do início ao fim. O jantar, por exemplo, fruto da instabilidade do trajeto, foi servido com bastante demora (com razão e por segurança, vale ressaltar). As bebidas também não puderam ser oferecidas de modo tradicional. Somente ao final do voo foi que conseguimos tomar um pouco de água, já no café da manhã. Fora isso, foi uma viagem aérea tranquila, com comida boa e atendimento satisfatório. Conseguimos até dormir bastante. Foram onze horas de voo.
Parada em Buenos Aires.
Devido ao fuso-horário entre nossas localizações, acabamos, curiosamente, voltando no tempo: apesar de termos saído de Auckland às 20h do dia 20/06, chegamos a Buenos Aires às 16h do mesmo dia ainda.
Nesta passagem pela capital argentina, acabamos encontrando um aeroporto meio bagunçado, com atendentes em greve. Nós, que vínhamos em voo de conexão, tivemos que seguir para uma fila enorme de raio X, e com apenas uma pessoa a fazer o atendimento. Cruzamos a máquina somente com as malas de mão. O resto da bagagem seguiu viagem direta para o avião.
Passado um bom tempo, fomos levados a outra fila - também enorme. Era destinada àqueles que iriam viajar para o Brasil pelas Aerolíneas Argentinas. E ali, outra vez, só havia uma pessoa no atendimento. No mais, durante aquela espera toda, ainda passávamos um calor horroroso; o ar-condicionado do aeroporto parecia não dar conta da situação, ou talvez não estivesse nem mesmo ligado. Para completar, vínhamos ainda cheios de roupa por causa do frio de Queenstown.
Havíamos chegado àquele aeroporto às 16h, e nosso embarque estava marcado para as 17h30min, horário em que ainda estávamos na fila. Com a desorganização do lugar, até gente que viajaria à noite estava esperando ali, não havendo sequer prioridade aos que tinham embarque imediato, e nem mesmo a idosos e gestantes, por exemplo, que esperavam sua vez numa fila enorme e no calor.
Quando finalmente nos chamaram ao guichê, ficamos atônitos: a fila, com quase uma hora de espera, era só para indicar o portão de embarque, e os bilhetes para isso já estavam conosco desde a Nova Zelândia. Às 17h40min, nos avisaram que o embarque havia sido alterado para as 18h30min, já que a maior parte dos passageiros se encontrava naquela fila enorme ainda. Só aí, então, é que resolveram dar prioridade ao pessoal com embarque imediato.
Passada a espera, finalmente fomos a nosso portão. Em alguns minutos, então, ouvimos a chamada de entrada para o avião.
Era uma aeronave bastante pequena, com apenas duas poltronas de cada lado. Tão pequena que nossas bagagens de mão praticamente não entravam nos compartimentos próprios. Uma delas, por exemplo, teve que ir embaixo do banco.
Viagem. Chegada. Casa. Saudades.
No aeroporto, foram quase duas horas de burocracia. Entre Buenos Aires e Porto Alegre, um voo de apenas uma hora e trinta minutos. O fato é que, de qualquer forma, estávamos muito felizes por estar de volta a nossa casa, mas já com saudades das belezas e das ótimas experiências que havíamos deixado para trás.

Foto que tiramos no inicio do voo de Queenstown para Auckland
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