top of page

Wanaka e Cromwell

  • Lisandra Menezes
  • 15 de jun. de 2018
  • 6 min de leitura

Saímos de Queenstown de manhã, optando por ir pela Cardrona Valley, estrada que sobe e passa pelo meio de montanhas nevadas daquela região. Curiosamente, em um trecho do caminho, encontramos inúmeros sutiãs pendurados na grade lateral da via; ato feito por mulheres que apoiavam uma campanha para prevenção do câncer de mama.


Wanaka e Cromwell

Seguindo entrada, passamos reto por Wanaka, indo para Blue Pool, uma trilha no início do Mount Aspiring National Park. No trajeto, ainda transitamos pelo Lake Hawea, parando para tirar umas fotos. No entanto, devido a uma névoa baixa que pairava na região, não foi possível ver muita coisa, então seguimos viagem. Na volta, se o tempo estivesse aberto, passaríamos novamente ali, quem sabe...


Mais tarde, em outra parte da estrada, depois de uma curva, o Lake Hawea, que estava à direita, desapareceu de nossa vista. Deu, assim, espaço ao Lake Wanaka, que seguiu pela esquerda da rodovia.


Íamos, assim, desfrutando de uma vista mais linda que a outra.


Posteriormente, encontramos a entrada do Mount Aspiring National Park. Ali, placas sinalizavam a trilha para as Blue Pools. Logo em frente, fora da pista, havia um espaço para estacionar. Ao adentrarmos o lugar, uma chuva bem fininha e fraquinha começou a surgir, o que não impediu que seguíssemos nosso roteiro, indo, então, à trilha que levava às Blue Pools.


Caminhos à frente


Após uns dois minutos de caminhada, cruzamos uma ponte suspensa sobre um rio muito transparente; em sua parte mais profunda, por exemplo, a água portava uma coloração azul. Depois, seguindo a rota, mais uma ponte apareceu. Desta vez, o rio trazia uma coloração azul-turquesa, bastante forte; e a transparência era incrível: pedrinhas podiam ser vistas com perfeição em seu fundo.


Decidimos passar algum tempo ali, admirando tamanha beleza. Difícil acreditar que era tudo real. Quando pesquisamos pela Blue Pool na internet, pensamos que muitas de suas fotos eram retocadas, ou mesmo tiradas em um dia ensolarado, já que a água parecia muito transparente e azulada. Mas naquele momento - um dia nublado e chuvoso - vendo o azul intenso daquele rio, entendemos que as tais fotos não exageravam em nada; pelo contrário, deixavam de mostrar muito da beleza inacreditável do local. Vale ressaltar que a coloração azulada que surge no rio é ocasionada pelas pedras em seu fundo, juntamente com as águas que saem das geleiras da redondeza, fato que colabora para deixar a água muito fria também.


Depois de um tempo admirando de longe, decidimos descer uma trilha localizada ao lado da ponte suspensa, indo até a beira da orla. O rio, muito calmo, possui ainda uma praia composta por pedras de vários tamanhos e formatos. Pessoas costumam até empilhá-las perto da água.

Depois de admirarmos ao máximo o local, decidimos voltar para o carro, pois o frio estava intenso, e a chuva aumentando.


Seguimos, então, estrada de volta para a cidade de Wanaka.


Ao retornarmos, encontramos um dia aberto e ensolarado pelo caminho. Aproveitando aquele clima, demos uma passada no Lake Hawea, tirando as fotos que não havíamos conseguido na vinda, devido à névoa que fazia.


E sem neblina para privar nossa visão, encontramos um lago muito calmo. Além disso, tal como um espelho, o lugar refletia as montanhas em sua volta. Um cenário deslumbrante.


Sobre Wanaka


Quando chegamos à cidade, deixamos nossos pertences no hotel que havíamos reservado para passar a noite. Dali, seguimos para almoçar e conhecer o povoado...


Wanaka, que não é muito grande, fica de frente para um lindo lago homônimo. Vários bares, pubs e restaurantes podem ser encontrados perto da orla.


Ao redor do lago, no lugar de areia, pequenas pedrinhas cobrem o chão. Às vezes, é possível encontrar até grandes pedras em alguns lugares - pudemos até sentar nelas para observar a beleza da água. Árvores de coloração amarela, várias delas, aliás, também traziam um charme mais do que especial ao entorno.


Enquanto o sol se punha, ficamos ali, sentados e admirando a natureza. Infelizmente não tivemos um pôr do sol realmente, pois a cidade é cercada de montanhas, e o dia acabou com o astro atrás de uma delas.


Depois do passeio, voltamos para o hotel. Precisávamos recuperar as energias para um outro dia naquele local e ainda para a viagem de volta a Queenstown.


Quando acordamos, fomos para a última atração de Wanaka, o Puzzling World, uma espécie de museu de quebra-cabeças e ilusões de ótica situado na entrada da cidade. Achamos que, por mais legal que fosse, o local não parecia muito grande, e por isso não nos demoraríamos muito por lá. Engano nosso.


Ficamos das 9h às 12h lá dentro, nos divertindo muito. Adoramos o lugar - entretenimento para todas as idades, para a família toda. Logo na entrada, por exemplo, há um grande salão portando bancos e mesas com jogos de lógica - aliás, itens que são vendidos também numa loja ao lado, junto a um bar. Compramos - para montar em casa - um quebra-cabeça 3D da Sky Tower de Auckland. De fato, curtimos vários jogos, mas já estávamos com as malas cheias e, por isso, optamos por comprar apenas aquele.


O lugar oferece atrações e ingressos diversos.


Compramos nosso ingresso na recepção. A atração é dividida em três partes: a primeira, logo na entrada do local, é a de jogos de lógica, sendo gratuita. A segunda, que é paga, dedica-se à ilusão de ótica. Já a terceira e última parte, que também cobra ingresso, fica na rua, trazendo um enorme labirinto a ser desvendado pelos visitantes.


Os espaços têm valores distintos de ingresso. Comprando as duas áreas finais juntas, por exemplo, ganha-se desconto. Assim, optamos pelo ingresso que dava acesso a todos os segmentos do parque. (Valores no final do texto).


O ingresso é um carimbo colocado sobre mão de cada visitante, que libera, por meio de uma máquina, passagem ao portão que leva às salas.


Sobre as salas


A sala de ilusão é incrível. Passamos várias vezes em cada parte, para filmar e tirar diversas fotos. O primeiro espaço, para se ter uma ideia, traz quadros com imagens 3D que mudam conforme nosso movimento. Pareciam quase sair do enquadramento, o que é um pouco assustador até.


Mais tarde, seguindo o passeio, uma sala inclinada apareceu. Notamos, de imediato, que havia uma rampa para subir ali. Contudo, os itens daquele ponto - quadros, mesas e bancos, por exemplo - estavam tortos também. Essa combinação, então, acaba confundindo o cérebro dos visitantes, que percebem a sala como se estivesse reta realmente. É quase impossível caminhar dentro do lugar. Só de olhá-lo por fora, uma tontura já aparece…


Portas diferentes


A próxima atração que encontramos tratava de uma sala contendo duas portas do mesmo tamanho. Porém, a pessoa que se postava na porta direita, por exemplo, parecia muito menor do que a da esquerda. Quando trocavam de local, curiosamente, a gigante ficava pequena; e a pequena, então, logo agigantava-se. Testamos a sala várias vezes, para poder fotografar e filmar tudo. Muito legal o efeito.


Em busca de um caminho


Depois da ilusão de ótica, fomos para a parte de fora para tentar bater o labirinto gigante. Quatro torres faziam parte de sua estrutura: amarela, vermelha, verde e azul - uma em cada canto do espaço. Para vencer o labirinto, tínhamos que atravessá-lo para chegar ao alto de cada torre, saindo, depois, pelo lugar que entramos.


Achamos que a brincadeira não seria tão complicada, pois quando subíssemos na primeira torre, por exemplo, já conseguiríamos uma visão de cima e completa do desafio. Engano total: pontes e escadas passam sobre o lugar, impossibilitando, assim, uma visualização efetiva do caminho. Ficamos, acredito, em torno de uma hora até atingirmos as quatro torres e, então, finalmente, conseguirmos deixar o local.


Em frente à atração, uma torre caindo propositalmente pode ainda render várias fotos criativas para a parte final do passeio, como a ilusão de que a estamos segurando, por exemplo. Adoramos cada minuto lá dentro.


A volta


Depois de sairmos dali, decidimos voltar para Queenstown. No caminho de retorno, passamos por Cromwell, uma cidade que porta um estilo antigo de Velho Oeste. Contudo, devido a uma forte névoa, não foi possível ver muitas coisas no local. Além disso, sem a presença do sol, fazia muito frio na rua. Acabamos passando rápido pelo povoado, retornando à estrada.


Um pouco antes de chegarmos a Queenstown, paramos em uma mina antiga e desativada. Ali, tours demonstravam como o local costumava funcionar. Entretanto, demos azar naquele dia, perdendo o último passeio por meia hora de atraso. Mesmo assim, a parada foi boa; no caminho, passamos ainda por uma ponte suspensa sobre um rio incrivelmente verde. Uma cor tão intensa que nem mesmo a névoa conseguiu bloquear.


Chegamos a Queenstown às 15h, e com muita fome. Em busca de almoço, acabamos achando um restaurante da cervejaria que havíamos visitado em Dunedin. E ali ficamos.


Durante o almoço, conversando e olhando o roteiro da viagem, notamos ter esquecido de ver a Wanaka Tree, uma árvore famosa por ficar dentro do lago e ser muito fotogênica. Havíamos estado um tempão em frente ao tal lago, esperando o pôr do sol, mas realmente não lembramos da árvore. Uma pena. A viagem segue...

Foto que tiramos ao pôr do sol no Lake Wanaka


Comments


©2018 BY VIAJANTES POR AÍ. PROUDLY CREATED WITH WIX.COM

bottom of page